O Governador da província de Benguela, Manuel Nunes Júnior, destacou esta terça-feira, 2 de Dezembro, os avanços registados nas obras de construção da Refinaria do Lobito, durante encontro com o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

Segundo o ministro, a Sonangol foi orientada a realizar estudos sobre petroquímica, com vista à possível instalação de um pólo petroquímico associado à refinaria. O arranque da produção está previsto para 2027, ano em que a unidade deverá começar a fornecer ao mercado nacional alguns derivados de petróleo.

“A construção da Refinaria do Lobito constitui máxima prioridade da Sonangol”, sublinhou Diamantino Azevedo, reforçando o papel da infraestrutura na diversificação da economia e na redução da dependência das importações de combustíveis.

Em relação aos recursos minerais, o ministro anunciou que está em preparação um diploma legal destinado a melhorar a articulação entre o Ministério e os governos provinciais no processo de outorga de direitos mineiros.

A Agência Nacional de Recursos Minerais (ANRM) apresentou a situação dos títulos emitidos na província:

- 32 títulos e alvarás mineiros para prospecção e exploração, destacando-se o quartzo, gesso, calcário e granito. Do total, 20 estão em prospecção e 12 em exploração.

O ministro acrescentou que o Cadastro Mineiro Digital vai agilizar os processos de concessão e reforçar o controlo sobre a actividade mineira.

O Instituto Geológico de Angola (IGO) apresentou o potencial da província, destacando a ocorrência de calcários, quartzitos, cobre, chumbo, granitos, argilas, micas, Terras raras, fluorite, manganês e gesso.

Por seu turno, o Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP) revelou que Benguela dispõe de uma capacidade de armazenamento de 111.531 metros cúbicos de derivados de petróleo. Conta com 86 postos de abastecimento em funcionamento, de um total de 104. "Alguns municípios novos ainda não possuem postos de abastecimento", sendo que os empresários devem ser alertados para esta oportunidade, apelou Luís Fernandes.

O Diretor-Geral do IRDP, apontou outras oportunidades de investimento nas redes e ramais de gás, na venda de lubrificantes, bem como na produção e requalificação de garrafas de gás.